Enquanto eu admirava meu bocadillo salivando, Elisabeth me encarou séria.
-Mariana?
-Que?
Chegaram as patatas bravas. Largo o bocadillo e espeto uma como um apaixonado que encontra a amada.
- A Gisele tá mesmo grávida?
Adoro esse sabor quente e picante escorregando pela minha garganta.
- Que tu disse mesmo Elisabeth? – já mirando outra.
- Se a Gisele tá grávida.
-Gisele? - franzo o cenho.
Meu cérebro deu uma, duas, três voltas. Devo estar anêmica por culpa da ausência de proteína bovina, só pode.
- Bündchen, Mar-i-ana. Ela tá grávida?
Socorro, senhor. Me proteja dessas cabeças americanas.
- Ih, Elisabeth. Ela tá mais perto de ti que de mim, hein, pode ter certeza. Não faço a mínima ideia.
Aos bocadillos, por favor.
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